17 de jan. de 2008

Entrevista de Kayky Brito no Site de Sete Pecados


Kayky Brito viu seu personagem mudar da água para o vinho. Xongas, o líder “bad boy” da escola, encontra o amor e decide fazer novas escolhas na vida, seguindo pelo caminho do bem. Uma transformação nada fácil, mas que é possível acontecer com qualquer pessoa, como acredita Kayky. Na entrevista abaixo, o ator fala sobre isso e muito mais!

Você começou na TV ainda criança. Sentiu alguma dificuldade em se firmar profissionalmente como adulto?
“Não, não senti dificuldade. Foi um processo automático. Foi rolando e eu fui usufruindo disso. Foi acontecendo e eu fui fazendo. Nunca criei, assim, nenhuma perspectiva do tipo: ‘Ah, o que vai acontecer agora?’. As coisas foram rolando normalmente.”

Seu personagem começou vilão e virou bonzinho por causa do amor. Você acredita que esse sentimento pode mesmo transformar as pessoas? Já aconteceu de ter uma opinião ou atitude mudada por causa do amor? Qual?
“Nossa, com certeza! Acho que esse sentimento, a paixão, muda a pessoa, com certeza. Ela fica cega, digamos. O Xongas acho que é um caso assim. Era um grande vilão, uma pessoa do mal, que conheceu a Estela, ficou vidrado... E não só a Estela, a dona Miriam, que fez ele mudar. Essa foi a história do Xongas. Eu acho que isso pode acontecer com uma pessoa, sem dúvidas. Comigo nunca aconteceu, acho que nenhuma pessoa mudou minha cabeça. Óbvio que você fica apaixonado, começa a gostar da pessoa, mas eu nunca fui radical como o Xongas.”

Como é pra você interpretar o Xongas? Ele te ensinou alguma coisa?
“Ah, maravilhoso. Acho que foi meu primeiro personagem vilão – eu nunca tinha feito – e foi ótimo, uma ótima experiência. Só tenho o que agradecer, né? Cada personagem é uma lição que você guarda pra sempre.”

E o Xongas te ensinou alguma coisa?
“Cara, com certeza ensina pra mim e ensina pra todo mundo. Digamos que seja a ‘mudança’. Todo mundo pode mudar, ninguém é de pedra e todo mundo no fundo tem um coração mole. A maior prova disso foi o Xongas. Era um revoltado, um marginal, e mudou! Mudou de uma hora pra outra. Acho que todo mundo pode mudar.”

Existe alguma semelhança entre o Kayky e o Xongas?
“Eu acho que agora pode existir, né? Digamos a parte do bem. Ele é uma pessoa carinhosa, amiga, sociável. Eu, antigamente, não combinava com o Xongas não, ele era uma pessoa do mal e eu nunca fui assim não, ao extremo. Agora, com certeza, ele é um pouco mais parecido com o Kayky!” (risos)

O que a fama tem de melhor e pior?
“Sei lá... Acho que você pode usufruir de coisas boas como conhecer pessoas novas, você pode ir pra lugares bons. Fama, pra mim, só acrescenta coisas boas. Nunca penso no lado ruim, porque ela nunca me trouxe nada de ruim.”

E como é a repercussão do personagem nas ruas, as pessoas gostam do Xongas?
“Algumas pessoas falavam que ele era muito maldoso, mas todo mundo gosta do Xongas, né? O Xongas é um nome que ficou marcado aí... Xongas! A galera acha engraçado. Alguns reclamam, outros gostam... Falam: ‘Pô, o Xongas virou bonzinho tão rápido’. Mas faz parte, né? Se aconteceu isso é porque era pra ter acontecido mesmo. Mas, enfim, cada um tem uma opinião diferente e é isso que vale.”

Se você pudesse resumir o Kayky em uma frase, qual seria?
“Frase? Nossa... Difícil. Cara, não sei. Uma pessoa do bem e procurando sempre ajudar os outros!”