6 de dez. de 2007

Sthefany Brito fala da relação com Kayky em Entrevista


Dia desses, enquanto gravava uma cena da delicada Dulcina em "Desejo Proibido", Sthefany Brito levou um puxão de orelha da direção de arte da novela por causa de um simples cruzar de pernas. "Logo me advertiram que naquela época as meninas não cruzavam as pernas", conta, aos risos.

Apesar de ter participado de workshops e lido bastante sobre a década de 30, a atriz --que já coleciona sete novelas-- nunca tinha atuado em uma trama de época. "São pequenos detalhes que, às vezes, acabo nem me tocando", admite.

Na pele de uma jovem que sonha em cursar Engenharia --contrariando o desejo da mãe, que só quer vê-la casada com um bom partido da fictícia Passaperto--, Sthefany está tendo a oportunidade de contracenar com atores experientes já que na trama a personagem é filha de Dona Belinda e Galileu, interpretados por Júlia Lemmertz e Pedro Paulo Rangel.

"Minha família na novela é linda. Além da Júlia e do Pedro Paulo, minha personagem ainda é irmã do Pedro Neschling", diz a atriz que, entre outras novelas, já participou de "Chiquititas", "O Clone", "Agora É Que São Elas", "Começar de Novo" e "Páginas da Vida".

Aos 20 anos, Sthefany literalmente cresceu na televisão. E diz que não se arrepender de ter estreado tão nova, aos 12 anos, como a Hannelore em "Chiquititas", novela exibida no SBT de 1997 a 2001. "Adoro emendar uma novela na outra. Sou muito nova. Ainda tenho muito tempo para descansar", garante Stephany, que é irmã do também ator Kayky Brito, atualmente no ar como o rebelde Xongas de "Sete Pecados"

Pergunta - Como foi crescer na tevê? Sentiu falta de alguma coisa, de não ter feito uma faculdade, por exemplo?
Sthefany Brito - Não. Aí é que está! As pessoas acham que perdi a minha infância por ter começado cedo na TV. Mas aproveitei do jeito que pude. Tive a sorte de conseguir, já pequena, saber com o que queria trabalhar para o resto da vida. Meu sonho era ser atriz e, graças a Deus, consegui. Trabalho com o que mais amo. Tenho o maior prazer de acordar às oito da manhã para gravar. Acho o máximo poder ter tido a oportunidade de escolher o meu trabalho tão nova. Na verdade, faço o que quero, o que escolhi. Posso sair, fazer faculdade, o que quiser. Só não fiz ainda porque não deu tempo mesmo. Mas ano que vem tenho planos de cursar Cinema.

Pergunta - Você já está em sua sétima novela. Hoje em dia se sente mais segura ou ainda se cobra muito?
Sthefany - Ainda me cobro muito. Quero sempre fazer o melhor. E nem sempre consigo. Então assisto a todas as minhas cenas. Às vezes, penso: "Nossa, que horror! Por que fiz isso? Por que botei a mão no cabelo naquela hora?". Gosto de me assistir até para depois, quando gravar de novo, saber que não posso mais fazer tal coisa porque não fica legal. Também sou muito disciplinada. Quando tenho de gravar muito cedo, por exemplo, não saio à noite. Quero, cada vez mais, me aperfeiçoar. Ainda tenho muita novela e muito curso para fazer. Ainda tenho muito para aprender.

Pergunta - Como é a relação entre você e seu irmão? Um costuma dar "pitaco" no personagem do outro?
Sthefany - Quando posso assisto à novela dele e ele também assiste à minha. Ele sempre me dá toques: "Se você tivesse chorado mais nessa cena, acho que teria ficado mais legal". A gente comenta, e o outro sempre escuta. Porque é sempre para o bem, né? É uma crítica construtiva. Às vezes pergunto ao Kayky: "O que você achou, ficou ruim, né?". E ele fala: "É, podia ter ficado melhor". É sempre bem-vindo o palpite um do outro.


Entrevista concedida a Carla Neves - Retirada do Site UOL.Dia 06/12/2007