26 de nov. de 2007

Kayky diz estar acostumado com Assédio


Aos 19 anos, Kayky Brito tem uma marca capaz de fazer inveja a muito ator experiente. De 2001 para cá, o ator, que vive o Xongas em "Sete Pecados", já acumulou sete novelas. Com a vivacidade típica da juventude, ele fala com naturalidade sobre o ritmo frenético de sua carreira, sua capacidade de se adaptar a diferentes tipos --em "Chocolate Com Pimenta", por exemplo, ele viveu uma menina-- e uma certa estabilidade profissional, já que seu contrato com a Globo vai até 2010.

Tal tranqüilidade se deve, em parte, ao fato da profissão ter surgido naturalmente em sua vida. Desde pequeno, Kayky acompanhava a irmã, a também atriz Sthefany Brito --que vive a Dulcina em "Desejo Proibido"--, em comerciais e testes para peças de teatro.

Os trabalhos, então, foram surgindo, até ele estrear na TV em "Chiquititas", do SBT, em 2001, e não parar mais. "Nunca pensei em ter outra profissão, as coisa fluíram. Fui me aventurando e gostando", explica. No ano seguinte, o ator estreou na Globo como o simpático Zeca de "O Beijo do Vampiro", emendou em "Chocolate com Pimenta", "Começar de Novo" e "Alma Gêmea", viveu o Nicolas recentemente em "Cobras e Lagartos", e hoje atua pela terceira vez em uma novela de Walcyr Carrasco.

Em "Sete Pecados", Kayky tem a chance de mostrar duas facetas em um mesmo personagem. Na sinopse inicial, Xongas é um "bad boy" incorrigível, daqueles que tocam o terror na escola. Mas o tempo passou, a trama sofreu reviravoltas e hoje o rapaz é do bem, apaixonado pela namorada, Estela (Cecília Dassi). Mas o passado sempre bate à sua porta, já que volta e meia ele é acusado, injustamente, de pequenos crimes. Por aí, dá para perceber que Kayky teve que, ao longo da história, buscar elementos para transformar a índole do personagem. "Com a experiência, fui pegando o macete de como me concentrar.

Apenas imagino o personagem naquela situação, vou lá e faço", explica, antes de completar. "Não tenho maiores dificuldades. Mas sei que para algumas pessoas não é fácil", diz. Por ter literalmente crescido na TV, Kayky diz que se diverte com algumas reações. "Às vezes as faxineiras aqui do Projac me vêem e falam: 'Nossa, como ele cresceu!'", brinca. Com o assédio feminino o ator também já se habituou. "As mulheres chegam, agarram, puxam... É diferente dos homens, que chegam com respeito --comparo com o que acontece com minha irmã", diz. Ele gosta de ter seu trabalho reconhecido até pelas mais atiradas. "Já estou acostumado com o assédio. Se um dia não tiver, vou até estranhar", reconhece.

Texto de Fabíola Tavernard - UOL